CEO da Conta Simples participa do Fintech Xperience 2022

Rodrigo Tognini compartilha suas experiências à frente da Conta Simples e suas visões sobre o mercado...

Visão de mercado, análise de diferenciais, perspectivas para as fintechs e insights para um futuro próximo. Esses foram apenas alguns dos assuntos discutidos pelo CEO da Conta Simples, Rodrigo Tognini, no Fintech Revolution Xperience 2022, evento promovido pela StartSe.

O papo, conduzido por Gustavo Brigatto, trouxe as experiências de Rodrigo à frente da Conta Simples e os desafios de um segmento que apresenta cada vez mais competidores. Confira a seguir os principais pontos debatidos na ocasião.

A dor que a Conta Simples resolve

Falando um pouco sobre o surgimento da Conta Simples, Rodrigo explicou que a fintech foi criada baseada em uma grande necessidade. “A cabeça do banco tradicional é fazer mais do mesmo e querer ofertar muitos produtos pensando só no spread. A ideia com a Conta Simples foi criar uma startup para solucionar dores que a gente teve como empreendedor: tarifa alta, atendimento problemático e produto burocrático”, lembra o CEO.

De acordo com ele, a Pessoa Jurídica possui problemas muito específicos e que trazem complexidade para a operação financeira das empresas, e a Conta Simples percebeu isso. “Quando a pandemia estourou, começamos a focar na jornada de uso de cartões corporativos e gestão dessas despesas. Quando começamos a caminhar nessa linha, percebemos que somos mais que uma conta corrente. Somos o primeiro player no Brasil que agrega na mesma solução três pilares: conta corrente, cartões corporativos e sistema de gestão de despesas. Assim, achamos um ângulo que ninguém estava olhando.” 

O digital e a barreira da desconfiança

Outro aspecto relevante levantado por Rodrigo é a ideia de que o Produto é o primeiro canal de marketing que uma empresa precisa ter. “Quando a gente lançou a Conta Simples, a primeira versão precisava de muitos ajustes. Mesmo assim, tinha gente usando. Deu para perceber que havia ali um caminho a ser trilhado”, conta. 

No começo, é normal a barreira da desconfiança. “Os bancos digitais tiveram uma barreira ainda maior, porque precisaram educar o mercado sobre o que é um banco digital. Quando a gente surgiu, esse trabalho de educação já ajudou a gente. Sempre há a barreira da desconfiança a ser quebrada. Quando você faz uma rodada de investimento, traz investidor e cliente relevantes, isso acaba corroborando para uma prova social. É um trabalho de formiguinha, mas que o mercado vai percebendo e ficando cada vez mais educado quanto a isso”, observa Rodrigo.

A importância de focar

A compreensão da jornada financeira das empresas e a necessidade de foco também ajudaram a fintech decolar, de acordo com o empreendedor. “Quando percebemos que tínhamos um público muito forte das empresas nativas digitais, operando no mundo online e com uma dor muito grande dos gastos corporativos, notamos que tínhamos uma solução interessante e um comportamento comum em alguns segmentos com um potencial de receita muito grande. Foi aí que começamos a achar as alavancas de crescimento, e o negócio foi crescendo”, afirma Tognini.

Rodrigo Tognini fala sobre fintechs
Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples

“É tentador ver um monte de dor e querer atacar tudo. Mas, a startup, diferente de grandes empresas, conta com recursos limitados de pessoas, financeiros e de poder de marketing. Se você tentar dividir o recurso que já é limitado fazendo várias coisas, não vai conseguir criar uma única coisa em que é melhor que todos os outros. Já que o recurso é limitado, foque em uma coisa para ser melhor que todos os outros”, completa.

A concorrência ou o cliente?

Rodrigo também apresentou um ponto de vista interessante quando o assunto é concorrência. Para ele, a competição ajuda na movimentação mais rápida, mas, no longo prazo, o importante mesmo é entender que o jogo é de contextualizar o serviço financeiro por meio da jornada. “Hoje, estamos melhor posicionados nesse sentido. Somos os únicos com conta, cartões e sistema de gestão. Quem olha muito para o competidor, não olha para o cliente. E a gente sempre olhou muito para o cliente na Conta Simples”, destaca o empreendedor.

O papel da liderança nas fintechs

Sobre a liderança em empresas que são escaláveis, Rodrigo também contribuiu com seus apontamentos. “O nosso papel como líder em uma empresa com uma alta escala de crescimento também precisa acompanhar uma evolução de capacidade de liderança em alta escala. Basicamente, é você ser uma esponja e aprender constantemente com referências do mercado”, ressalta.

Ele ainda compartilha a própria experiência. “Conseguimos trazer muito investidor-anjo qualificado e muito insider de mercado. Hoje, temos uma rede de investidores e de pessoas muito próximas que proporcionam uma troca muito rica. De certa forma, é ter humildade para entender que está todo mundo aprendendo junto, a observar e a tomar decisões difíceis e importantes pensando a longo prazo.”

O potencial das fintechs

Na análise de mercado, o CEO lembrou a força que as fintechs estão ganhando atualmente. “Quando a gente olha o poder de escala que uma startup tem frente a um banco tradicional médio, estamos falando de um potencial muito grande. O ponto agora é que as empresas desse setor estão entrando na área de crédito, com um pool de geração de receita gigantesco.”

fintech xperience
Gustavo Brigatto e Rodrigo Tognini, no Fintech Xperience 2022

De agora em diante a previsão é: “vamos começar a ver cada vez mais relevância para as fintechs, já que estão começando a comer uma fatia maior do mercado (não do concorrente que é fintech também, mas de quem é o banco tradicional e que está há anos com o cliente). E esse cliente já está entendendo que os bancos digitais e as fintechs são soluções confiáveis.”

Rodadas de investimento e Venture Capital

Para finalizar, Tognini também colocou suas expectativas sobre o mercado de Venture Capital. “Vejo que o mercado mudou um pouco do que era no ano passado, em que a liquidez era muito grande e a euforia também. Existe muita liquidez ainda, mas vejo uma retração daquela euforia”, comenta o CEO.

No olhar dele, a lógica é a seguinte: “entenda o cenário mas não use como desculpa para não conseguir levantar uma rodada. No final do dia, para empresa boa, que cresce, que fatura e que é disruptiva no mercado sempre vai ter investidor, porque os fundos estão líquidos ainda. O Brasil ainda é um lugar muito bem visto pelos investidores de fora”, finaliza.

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