O Papo com CFO desta semana recebeu o CFO da Vee Benefícios, João Eduardo Bergamo, para uma troca de experiências sobre a gestão financeira em equipe nos tempos de transformação digital.
O papel de mediador ficou com o diretor financeiro da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e CEO da Syhus Contabilidade, Cristiano Fernandes Freitas.
A conversa girou em torno das responsabilidades do CFO na nova economia e como a tecnologia e inovação podem otimizar o trabalho desse profissional e de sua equipe.
João Eduardo e Cristiano tiveram suas participações confirmadas no Finance Conference, principal evento sobre transformação digital para gestores financeiros do Brasil, que acontece entre os dias 8 e 10 de setembro.
GESTÃO FINANCEIRA ALÉM DAS FINANÇAS
Uma das principais características das empresas da nova economia é a rápida escalabilidade em pouco tempo. Foi o que aconteceu com a Vee Benefícios, conta João, que ainda passou recentemente por uma fusão com a francesa Swile. Como CFO, ele acredita que seu papel vai muito além do controle do time de finanças ou dos gastos da empresa.
“Isso mudou. A pessoa tem que estar preparada para o business, voltada em como fazer o business e o time crescerem”, comenta. “Hoje, o nosso desafio na Vee é muito mais estratégico. Óbvio, ainda tem as tarefas do CFO de contabilidade, toda a parte de planejamento, finanças em si, mas, hoje, gasta-se muito tempo em como levar essas informações para o business.” Transformar toda a informação financeira gerada pela empresa em guidance para o crescimento do negócio e olhar estratégico é o principal ponto levantado pelo CFO.
Cristiano, por sua vez, relembra que em alguns lugares o gestor financeiro ainda é conhecido como um “burocrata” e concorda sobre o novo papel desse profissional na nova economia. “Nunca vi CFOs trabalhando tanto igual vimos no ano passado, sentando e olhando para o negócio, [pensando em] como readequá-lo”, ele opina.
Durante a pandemia, o desafio da transformação na Vee aconteceu, principalmente, a partir do contato próximo ao cliente, ouvindo feedbacks e conectando a parte de finanças à de produto. “Todo mundo olhou para dentro, preparou a casa, mas tínhamos também que olhar para fora e ver o que o cliente precisava”, explica João.
Mas mesmo com esse olhar amplo e a necessidade de visualizar o negócio como um todo, processos e controle ainda são parte essencial do trabalho de um CFO. O que muda é que, agora, as obrigações financeiras – contabilidade, gestão de tesouraria etc. – devem ser otimizadas para que não se transformem em gargalos e ocupem muito tempo de trabalho. E o segredo para isso é autonomia e tecnologia.
DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
“Trabalhar em uma empresa de grande crescimento é um desafio, porque você dorme de um jeito e acorda de outro”, revela João. A chave para a gestão financeira da Vee Benefícios foi encontrar maneiras de oferecer autonomia ao time e livrar o CFO e o departamento financeiro de alguns processos que exigem muito tempo e esforços para serem realizados: “Buscando benchmarking, vejo que outros profissionais fazem do mesmo jeito. Com o tanto de coisa que a gente faz, não dá pra fazer micro gerenciamento.”
Essa liberdade também é um diferencial para o desenvolvimento da equipe, auxiliando em seu crescimento profissional e a incluindo nas tomadas de decisão e iniciativas. Hoje, as soluções desenvolvidas por meio de tecnologia são parte dessa rotina de descentralização que a Vee e tantas outras empresas promovem internamente.
“Nada faz sentido sem tecnologia”, destaca João. “Seja em pandemia ou em escritório. Então, tem que dar ao time as ferramentas necessárias para o trabalho e o controle.” O Slack e o Google Meet são as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela Vee, hoje, enquanto trabalham de casa. “Não sabe como é feito? Pergunta mil vezes, só assim a gente consegue entregar um trabalho bem feito que o resto da empresa espera da gente.”
Já quanto à gestão das despesas, os múltiplos cartões corporativos da Conta Simples foram um grande diferencial para otimizar o processo de compras, eliminando gargalos, aliviando as dores do time financeiro e economizando tempo. “Estabelecemos orçamentos, de acordo com cada área”, revela João. “Criamos mais cartões para fins distintos e o gestor é responsável por aquele orçamento, que é o budget dele. A gente [o financeiro] faz o acompanhamento mensal disso.”
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