O papel do time financeiro na agenda da sustentabilidade

Veja como as questões relacionadas à sustentabilidade estão impactando a área financeira das empresas e as mudanças provocadas por essas práticas no cenário atual.
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Startups Fever 2023

A preocupação com a sustentabilidade chegou com tudo no mundo corporativo. A Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) tem se tornado um índice cada vez mais fundamental para o futuro da empresa. Segundo um relatório da Business & Sustainable Development Commission, até 2030, investir em práticas de negócios verdes abrirá US$ 12 trilhões em economias de custos e oportunidades de mercado em toda a economia global. E para se manterem competitivas, “as empresas precisam buscar o social e a sustentabilidade ambiental com a mesma avidez com que buscam participação no mercado e valor para o acionista”.

Os líderes financeiros não são apenas os que mais ganham com essa transição para um negócio mais sustentável, mas também são eles quem têm as ferramentas necessárias para liderar essa transformação. 

Há várias práticas que as equipes financeiras precisam começar a adotar para colocar a empresa no caminho da sustentabilidade. Por exemplo, melhorar os relatórios internos e externos; aprimorar a cadeia de abastecimento ou supervisão de compras; ou ainda gerenciar os riscos em relação a iniciativas de negócios sustentáveis. Pesquisa da Harvard Business Review identificou nove fatores do desempenho financeiro corporativo que podem ser apoiados por estratégias de sustentabilidade:

  1. inovação,
  2. eficiência operacional;
  3. vendas e marketing;
  4. fidelidade do cliente;
  5. gestão de riscos;
  6. relações com funcionários;
  7. relações com fornecedores;
  8. cobertura da mídia;
  9. envolvimento das partes interessadas. 

Adotar ou não estratégias sustentáveis estão cada vez menos sendo uma opção, e passando a ser uma obrigação. Uma pesquisa da EY apontou que 89% dos investidores acreditam que a geração de retornos ao longo do tempo requer um foco mais acentuado em fatores ambientais e sociais. E metade dos CFOs entrevistados em pesquisa da Deloitte relatou que a maior pressão para abordar as questões de sustentabilidade já vem dos consumidores.

Porém, muitos líderes financeiros ainda enxergam essas práticas como um custo em vez de um valor. Um relatório da Deloitte aponta que eles ainda veem retorno lento e os benefícios não quantificáveis como os dois principais fatores que impedem seus investimentos em sustentabilidade. 

sustentabilidade

Mas os números mostram o contrário: métricas como as emissões de carbono podem revelar milhões de dólares em economias e crescimento relacionados à sustentabilidade. Em 2014, o Walmart, por exemplo, melhorou a eficiência do combustível de sua frota em 87%, o que resultou em redução de 15 mil toneladas de emissões de CO2 e quase US$ 11 milhões em economia.

O segredo para aproveitar os benefícios associados às práticas mais sustentáveis estão nos dados. Sem a capacidade de rastrear e relatar métricas de sustentabilidade, as empresas não serão capazes de atender às expectativas dos investidores e dos consumidores. Plataformas de gestão, que centralizam as métricas e ao mesmo tempo dão mais autonomia para o time financeiro, tornam-se fundamentais nesse cenário. 

Os líderes financeiros já são acostumados a lidar diariamente com volume de dados e gestão de pagamentos e receitas. Assim, são os mais adequados para identificar oportunidades para investimentos estratégicos e de longo prazo em sustentabilidade. Isso não só traz benefícios para as empresas, mas para o próprio time financeiro que passa de uma função operativa para uma mais estratégia. Os CFOs podem garantir que haja vontade e orçamento necessários para implementar as práticas e planos exigidos. Além disso, garantem o cumprimento de todas e quaisquer regulamentações. E que todas as relações e negócios das empresas estejam no caminho mais eficaz e sustentável.