Nômade digital: como o mercado encara?

Veja como o mercado está encarando o fato de as pessoas poderem trabalhar de onde quiserem...

Viver como um nômade digital, até pouco tempo atrás, significava ter um grande poder aquisitivo para bancar moradia ou um trabalho que exigisse viagens a negócios ou algo mais flexível. 

Com a pandemia, o mercado se adaptou e tornou possível a vida que muita gente por aí sonhava: trabalhar de onde estiver, com a possibilidade de conhecer o mundo. 

Assim, a prática do anywhere office ganhou força e diversos adeptos nesses últimos anos, mudando o modelo de trabalho e o estilo de vida de muita gente por aí. 

Para entender essa tendência, o Simplifica investigou como o mercado está olhando para essa mudança de mindset e algumas diferenças de conceitos que precisam ser compreendidas em relação a termos como o próprio home office.

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Trabalhe de onde estiver: uma tendência de modelo de trabalho

Diferente do home office, quem adota uma vida de nômade digital ou segue o modelo do anywhere office encara uma realidade em que o trabalho pode ser feito em qualquer lugar e não apenas em casa. 

A diferença pode parecer pequena, mas em termos de conceito, ela representa algo significativo.

No home office, o escritório da pessoa acaba sendo um cômodo da casa, com uma estrutura de trabalho que pode ser controlada. Ou seja, um ambiente calmo, com boa iluminação e um espaço organizado, com equipamentos que suportem o mínimo de ergonomia.

Já o anywhere office vai além, porque tudo que a pessoa precisa é de um notebook, um smartphone e uma conexão de internet, que permite fazer o seu trabalho em qualquer parte do mundo.

Para os especialistas, trata-se de uma realidade que veio para ficar, principalmente em empresas de tecnologia. “Com a alta de demanda de profissionais qualificados (não apenas de pessoas desenvolvedoras, mas também em todas as áreas de backoffice/suporte), ter a possibilidade de deixar os colaboradores com o poder de decisão de onde querem trabalhar é uma forma de atrair e reter profissionais que não querem voltar fisicamente para o escritório, pelos mais diversos motivos”, afirma Amanda Cardoso, coordenadora de Talent Acquisition na Gupy.

Entretanto, para esse modelo realmente funcionar, a especialista alerta que é necessário constante adaptação e controle tanto por meio da empresa, quanto dos funcionários em si. Na Gupy, por exemplo, existem alguns princípios que norteiam no trabalho remoto:

  • Liberdade vem com responsabilidade: envolvendo produtividade, autocuidado e focado nos OKRs;
  • Comunicação é a base que sustenta o trabalho remoto: trabalhar e desenvolver comunicação assíncrona e escrita como prioridade;
  • Remoto como padrão e não exceção;
  • Investir na pessoa colaboradora e no conforto: que se tenha um local ergonômico e tranquilo para desempenhar as atividades do dia a dia;
  • Ser responsável com o seu tempo e o das outras pessoas;
  • Trabalho remoto não é trabalhar sozinho ou sozinha;
  • Estar online é diferente de estar disponível;
  • Usar e abusar de ferramentas de apoio.

Além desses pontos, Cardoso também destaca que o aspecto principal em relação ao trabalho remoto é: “ter uma cultura forte que proporcione que esses princípios sejam colocados em ação!”

Como as pessoas podem encarar a volta ao escritório e como fica a retenção de talentos?

É importante lembrar que o outro lado da moeda também existe. Há diversas pesquisas e estudos quanto a países em que as pessoas querem voltar para o escritório imediatamente, pois em casa não tem um ambiente propício para o trabalho com qualidade ou que não gostam de viver como nômades digitais. Nesses casos, estar em regime de trabalho remoto pode ir contra a flexibilidade ideal.

Tendo como base apenas o Brasil, Amanda percebe que existe o questionamento de: este trabalho que estou fazendo, precisa ser em um escritório/sede física da empresa?

“Se a resposta for sim, abre-se a opção para escolha desse funcionário permanecer ou não na empresa, arcando com os custos financeiros e emocionais de deslocamento, contato com colegas, um controle mais próximo da liderança quanto ao trabalho desempenhado e por aí vai”, explica a coordenadora.

“Mas, se a resposta for não e mesmo assim as empresas estiverem cobrando a volta, acredito que muitos profissionais levarão em consideração os custos e a priorização por uma melhor qualidade de vida. Do lado da empresa, talvez se tenha uma dificuldade em atração e retenção de talentos, onde precisará ser suprida com benefícios mais agressivos, por exemplo”, completa Cardoso.

A vida de um nômade digital no Brasil 

De forma geral, o Brasil ainda precisa evoluir bastante em termos de estrutura para apoiar o nomadismo digital. Mas, de acordo com Amanda, alguns locais já estão preparados para isso. “Em grandes centros e nas capitais, é mais tranquilo achar hospedagens e escritórios compartilhados para trabalhar remotamente, com ótima estrutura. Algumas cidades do interior também estão fazendo grandes investimentos em atrair este público”, lembra.

A própria coordenadora constata isso em sua vida de nômade digital. “Adotei esse formato de trabalho há um ano e meio, passando por cidades como Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Maringá e Maceió. Antes de ir para as cidades, busquei a garantia conversando com a pessoa locatária de que a internet seria de qualidade para segurar o grande volume de videochamadas, principalmente”, conclui.

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