Não é de hoje que o gestor financeiro é uma das figuras que desempenha um dos papeis mais importantes na manutenção da saúde de uma empresa. Afinal, com uma estrutura complexa e que precisa se manter sustentável, o cuidado com as finanças é imprescindível para o crescimento e a longevidade do negócio, sobretudo, na era digital.
Independentemente do porte ou setor de atuação, o fato é que uma má gestão financeira pode trazer prejuízos irreparáveis para as corporações. Hoje em dia, com o surgimento de novas tecnologias digitais, que ampliam a oferta de recursos e softwares de gestão, o papel do gestor financeiro nas empresas ganha um peso ainda maior e evidencia a necessidade do desenvolvimento de habilidades que englobam tanto aspectos técnicos quanto comportamentais.
Cristina Reis, head de Operações e Negócios e membro do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), ressalta que o mundo em transformação vem exigindo de todas as organizações, sejam elas pequenas, médias ou grandes, uma superação constante pela sobrevivência aos negócios, que perpassa não só o lucro, mas também a geração de valor. “É nesse ponto que o papel do gestor financeiro e a nova economia se encontram. O gestor financeiro assumiu a função de guardião e responsável por manter os negócios fortes e seguros, para uma posição que precisa viver a estratégia, sempre atento aos movimentos de mercado, liderando e viabilizando projetos e iniciativas pertinentes à nova economia e a consumidor mais exigente”, explica.
Nesse contexto, é fundamental conhecer um pouco mais sobre as atribuições desse profissional na nova economia e seus principais desafios. Saiba mais sobre o assunto nos tópicos a seguir.
O que é a nova economia?
A chegada de novas tecnologias traz novas oportunidades e impactos diretos sobre a gestão das empresas, interferindo na forma como o gestor financeiro desempenha suas funções. Mas, para entender como ela afeta esse profissional, precisamos explicar do que se trata exatamente a nova economia.
Antes de mais nada, precisamos deixar claro que esse termo surgiu já há alguns anos, na década de 80, fazendo referência à mudança causada pela tecnologia e pela chegada da internet no comportamento do consumidor, que passou a focar mais em serviços prestados do que nos produtos oferecidos.
A partir dessa mudança de comportamento, os negócios se viram obrigados a incorporar a inovação como um valor, mantendo-a sempre adequada à realidade atual e às necessidades dos clientes, que, hoje em dia, buscam se relacionar com as marcas e empresas, para além de apenas consumir seus produtos.
As fintechs, por exemplo, despontaram como empresas que vieram para revolucionar esse conceito de relação empresa e consumidor: “No passado recente, poderíamos dizer que a barreira de entrada para o setor bancário era altíssima, mas as fintechs que o digam! Elas vêm quebrando esse paradigma em resposta às necessidades do mercado de atender os desejos do novo consumidor, incluindo as pequenas e médias empresas, empreendedores e novos modelos de negócios, que, muitas vezes, os bancos tradicionais não conseguiam atender a contento. As empresas da nova economia já nascem com esse propósito, de oferecer valor e inovação ao consumidor final”, pontua Cristina.
Para deixar o conceito de nova economia mais claro, vamos conhecer seus pilares:
1. Foco no bom relacionamento com o cliente: isso vai além de oferecer um bom atendimento. Atualmente, é fundamental que as empresas saibam lidar com os problemas de forma ágil, criativa e de modo a proporcionar uma experiência boa para o cliente;
2. Inovação: na nova economia, inovar é essencial para as empresas se manterem competitivas no mercado. E, aqui, inovação pode ser relacionada ao uso de tecnologias digitais, como melhorias nos processos operacionais e de produtividade;
3. Uma boa gestão de crises: como, nos dias atuais, tudo muda o tempo todo, estar sempre preparado para as crises é um grande diferencial;
4. Propósitos claros e que contribuam com a sociedade: com consumidores cada vez mais conscientes, a busca por empresas que tenham valores e que contribuam de forma ativa para a sociedade passa a ser muito relevante. Não adianta mais oferecer apenas qualidade, sem se posicionar e defender ideais, como causas ambientais e sociais.
Quem é o gestor financeiro na nova economia e o que ele faz?
Agora que você já sabe o que é a nova economia e os seus pilares, fica mais fácil compreender o papel do gestor financeiro nesse contexto.
Lembrando que o gestor financeiro é o profissional responsável pelo planejamento das finanças da organização, exercendo papel central na estratégia corporativa e nas tomadas de decisão.
Na nova economia, por meio de sistemas de informações gerenciais, como os ERPs, o time financeiro tem acesso a dados e indicadores poderosos sobre a situação financeira da empresa, sendo capaz de realizar análises e traçar estratégias de negócio com segurança, a fim de aumentar seus resultados financeiros.
Entre as funções do gestor financeiro, podemos citar:
- captação de recursos;
- controle orçamentário;
- gestão de despesas administrativas e operacionais;
- auditorias;
- estratégias de precificação;
- projeção de resultados futuros.
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Principais desafios do gestor financeiro na nova economia
Estamos falando de uma era conectada, com dados circulando em grandes volumes e com leis de proteção bastante rigorosas. Óbvio que esse cenário implica em um controle financeiro mais criterioso e com base em informações confiáveis.
Com isso, surgem desafios muito importantes e que não podem passar despercebidos pelos gestores financeiros.
- Ser cada vez mais orientado por dados
A tecnologia vem para oferecer mais recursos e ferramentas para a gestão das empresas, sendo capaz de fornecer e cruzar dados de forma poderosa. Isso é crucial para a estratégia do negócio.
Dessa forma, o gestor financeiro da nova economia precisa saber como interpretar esses números, a fim de identificar oportunidades e traçar planos de ação para o negócio.
- Estar antenado nas tendências
Para o gestor financeiro da nova economia, entender apenas de finanças não é mais suficiente. É claro que manter as finanças equilibradas e identificar oportunidades de tornar o negócio cada vez mais lucrativo, é fundamental. Mas, esse executivo precisa ir além, estando de olho no mercado, para conhecer as principais tendências.
Afinal, ele também é um agente da transformação e precisa desenvolver uma ampla visão do negócio, com o objetivo de identificar desafios operacionais e sugerir soluções ágeis.
Em relação a isso, Cristina é categórica: “se a nova economia privilegia o alto potencial de crescimento e a lucratividade para os negócios, é fato dizer que eles só prosperam em um ambiente que respira inovação. Portanto, o gestor financeiro precisa desenvolver e promover características que se conectem a este ambiente, valorizando e inserindo esses valores diariamente à cultura organizacional.”
- Buscar aprimoramento constante
Com novos poderes, surgem novas responsabilidades. Como, na era digital, tudo muda o tempo todo, o gestor financeiro da nova economia é aquele que está sempre buscando se qualificar e se aprimorar, para atender às necessidades da atualidade.
Viu só como o perfil do CFO muda com a nova economia? Esperamos que nossas dicas sejam úteis para ajudar você e sua empresa a focar na gestão de finanças do futuro.
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